Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, amanheceu sob um forte esquema de segurança, com homens do Exército, e das polícias Civil e Militar, por causa da presença do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e sua família. Obama, que chegou à cidade na noite de ontem (19), está hospedado no Hotel Marriot, na Avenida Atlântica, e todo o quarteirão onde fica o prédio está isolado. No hotel, além da segurança do presidente, o acesso só está sendo permitido aos hóspedes, que têm de passar por uma revista e pelo detector de metais.
O espaço aéreo na região de Copacabana está fechado para qualquer tipo de aeronave e somente os helicópteros da segurança do presidente fazem sobrevoo. No mar, um navio da Marinha está posicionado na direção do hotel.
Um grupo de 50 pessoas faz uma manifestação silenciosa. Eles são parentes das vítimas do acidente com Boeing da Gol, que caiu após se chocar com um jato Legacy, pilotado por dois norte-americanos.
Nas faixas e cartazes que carregam, os manifestantes pedem a condenação dos pilotos pela morte de 154 pessoas na queda do avião em 2006.
Cerca de 300 pessoas acompanham a movimentação do lado de fora do Hotel Marriot. Moradores de prédios residenciais que ficam nas proximidades estão nas janelas, na esperança de ver a família Obama.
A professora Mariana Martins dos Santos, de 34 anos, moradora da Tijuca, na zona norte do Rio, disse que costuma caminhar no calçadão de Copacabana todos os domingos e hoje parou em frente ao hotel para tentar ver o presidente Obama. "Tinha programado ir à Cinelândia para ver o presidente dos Estados Unidos discursar, mas como [o evento] foi cancelado, estou aqui na esperança de vê-lo", arriscou.
O vendedor ambulante Josué de Araújo comemora o aumento da venda de água e refrigerante nas imediações do Hotel Marriot. "O presidente Obama trouxe sorte para mim. Estou vendendo mais do que nos outros dias."
Edição: Juliana Andrade