Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Pelo terceiro ano consecutivo, o Departamento Estadual de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ) está capacitando seus funcionários para serem agentes multiplicadores no combate à dengue. Hoje (18) 106 funcionários lotados na sede e nos postos do órgão participaram de um curso sobre a prevenção da propagação do mosquito Aedes aegypti, ministrado por profissionais de saúde.
Segundo a coordenadora de Educação do Detran-RJ, Janete Bloise, os funcionários capacitados ficarão responsáveis pela vistoria constante nas instalações abertas do departamento, como depósitos, e vão repassar as informações recebidas para as suas comunidades e amigos.
O projeto é feito em parceria com a Secretaria de Saúde do estado. “Em 2009, quando houve uma epidemia aqui no Rio, o Detran resolveu fazer a sua parte. Solicitou num primeiro momento uma vistoria da Defesa Civil em todas suas instalações abertas e selou essa parceria com a Secretaria de Saúde a fim de capacitar o próprio funcionário do Detran para estar vigilante com as condições de limpeza do ambiente”, destacou a coordenadora.
Segundo Janete, o maior mérito do curso, que tem duração de três horas e inclui exibição de vídeos e distribuição de material explicativo, é conscientizar as pessoas de que o combate à dengue é uma responsabilidade individual e coletiva, e não apenas do Estado.
Foram convocados dois funcionários de cada setor do departamento. A ideia é que representantes de todos os postos da região metropolitana e os lotados nos municípios com maior incidência da dengue participem do treinamento.
Em 2009, 179 funcionários foram capacitados, além de 400 médicos de clínicas credenciadas ao Detran. Em 2010, foram 90 capacitações.
Segundo a Secretaria de Saúde, no estado do Rio há 20.150 suspeitas de dengue, 14 casos de dengue hemorrágica e quatro municípios com epidemia: Bom Jesus de Itabapoana, no noroeste fluminense, com média de 2.447,4 casos por 100 mil habitantes; Cantagalo, no norte fluminense (1.321,5 casos/100 mil habitantes); Santo Antônio de Pádua, no noroeste do estado (1.158,5 casos/100 mil habitantes); e Magé, na Baixada Fluminense (599,6 casos/100 mil habitantes).
Edição: Juliana Andrade