Da Agência Lusa
Brasília – O porta-voz do governo da França, François Baroin, afirmou hoje (18) que os ataques militares contra a Líbia podem ocorrer "em algumas horas". "Os ataques terão lugar rapidamente", disse. Baroin afirmou que a intervenção militar não deve ser interpretada como uma ocupação do território líbio, mas um "dispositivo de natureza militar para proteger o povo líbio" visando à “liberdade”.
O presidente norte-americano, Barack Obama, telefonou ontem (17) à noite ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, e ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, para coordenar a estratégia militar a ser executada na Líbia.
Em comunicado, a Casa Branca informou que “os dirigentes concordaram com o fato de que a Líbia deve respeitar imediatamente os termos da resolução e que a violência contra a população civil deve cessar”.
“Os dirigentes chegaram a um acordo sobre as próximas etapas e sobre o fato de continuar a trabalhar com os árabes e com os outros parceiros internacionais para assegurar a aplicação das resoluções do Conselho de Segurança sobre a Líbia”, diz o texto.
Ontem (17) à noite o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou - com dez votos favoráveis e cinco abstenções, inclusive a do Brasil – a resolução que estabelece uma zona de exclusão aérea na Líbia e autoriza “todas as medidas necessárias” para “proteger civis e áreas habitadas [por civis]” de ataques das forças leais ao regime do presidente líbio, Muammar Khadafi.
Hoje (18), forças leais a Khadafi atacaram a cidade de Misrata - a 200 quilômetros a oeste de Trípoli - , depois de uma noite de disparos de artilharia pesada.