Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve se reunir nos próximos dias para decidir sobre a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia. O embaixador do Líbano na Organização das Nações Unidas (ONU), Nawaf Salam, afirmou que há divergências sobre o tema entre os 15 integrantes do órgão.
Uma vez imposta a zona de exclusão, o espaço aéreo na Líbia ficará submetido a forças estrangeiras. Para a comunidade internacional, essa é uma garantia de que não ocorrerão bombardeios por parte de forças leais ao presidente líbio, Muammar Khadafi, sobre a população civil.
“Há uma situação de urgência que requer uma ação de urgência”, disse Nawaf Salam. “Estamos no bom caminho e esperamos uma ação rápida porque a situação se deteriora”, acrescentou. As informações são da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa.
O embaixador libanês confirmou que o texto que define a área de exclusão aérea já está em elaboração. Em Nova York, Salam afirmou que a próxima reunião do conselho será utilizada para “aprofundar a discussão”.
O texto do projeto de resolução começou a ser preparado pela França e pelo Reino Unido com o apoio do Líbano – o único país árabe no Conselho de Segurança a pedir a reunião para analisar o pedido da Liga Árabe de imposição da zona de exclusão aérea na Líbia.
“Há centenas de milhares de pessoas debaixo de fogo dos aviões de [Muammar] Khadafi. A nossa mensagem para eles é que vamos fazer o máximo para proteger a população civil na Líbia o mais rapidamente possível”, disse Salam.
O Brasil integra o Conselho de Segurança das Nações Unidas como membro não permanente. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que o governo brasileiro seguirá a decisão definida pelo conselho. Inicialmente, o governo do Brasil foi contrário a qualquer medida de caráter intervencionista na região.
Edição: Graça Adjuto