União Europeia e Otan discutem propostas de intervenção militar na Líbia

10/03/2011 - 6h49

Da Agência Lusa

Brasília – A crise na Líbia é tema de duas reuniões que ocorrem paralelamente hoje (10) em Bruxelas, na Bélgica. Os ministros da Defesa dos países que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e os chanceleres da União Europeia (UE) discutem a possibilidade de impor uma zona de exclusão aérea na Líbia e até de intervenção militar na região. As alternativas são rebatidas pelo presidente líbio, Muammar Khadafi.
  
Ao longo desta semana, os ministros da Defesa e o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, conversaram informalmente sobre a crise na Líbia. Rasmussen afirmou que a Otan não tem a “intenção de intervir na Líbia”, mas afirmou que a organização “tem a obrigação de se preparar para qualquer eventualidade”.

Segundo o secretário-geral da organização, a preocupação é que os ataques a civis cometidos pelas forças leais a Khadafi ocorrem de forma sistemática. “[Não posso imaginar] que a comunidade internacional continue a olhar [a situação na Líbia], sem nada fazer”, disse Rasmussen.

A um dia da reunião extraordinária dos chanceleres da União Europeia, os ministros das Relações Exteriores discutem hoje em Bruxelas o agravamento da situação na Líbia e a onda de protestos no Norte da África e no Oriente Médio. As propostas de exclusão aérea e até de intervenção ganham força internamente no bloco.

Os ministros e a chefe da Diplomacia da UE, Catherine Ashton, se reúnem para definir uma posição comum. Ontem (9) houve debate acalorado no Parlamento Europeu. Os deputados defenderam  o reconhecimento do conselho de transição na Líbia e a instauração de uma zona de exclusão aérea, assuntos que serão discutido hoje e amanhã (11).

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmou que não pode haver qualquer ambiguidade por parte da União Europeia nessas questões. Segundo ele, é necessário considerar o agravamento da situação e os ataques promovidos pelas forças de Khadafi contra civis em todo o país.