Forças da Otan podem barrar entrada de armas na Líbia pelo Mediterrâneo

10/03/2011 - 15h19

BBC Brasil

Brasília - O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, disse hoje (10) que será mantida a vigilância à Líbia e que há disposição para ampliar a presença militar no Mediterrâneo para ajudar a impor um embargo à venda de armas aos líbios. Segundo ele, os países que integram a organização estão unidos.

Rasmussen ressalvou que a ação só pode ser executada com aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas. “A atual Resolução de Segurança da ONU 1.970 não autoriza o uso de forças armadas”, disse ele. “Nós não buscamos uma intervenção na Líbia. Precisaremos de uma base legal clara para qualquer ação”, afirmou.

No poder desde 1969, o presidente da Líbia, Muammar Khadafi, é pressionado a deixar o poder. Ontem (9), ele disse que a população pegará em armas se for imposta uma zona de exclusão aérea na Líbia, uma das medidas cogitadas por líderes estrangeiros.

"Se eles [os países ocidentais e a ONU] tomarem essa decisão, será útil para a Líbia, porque o povo líbio verá a verdade, que o que eles querem é assumir o controle da Líbia e roubar seu petróleo", disse Khadafi. "Então, o povo líbio pegará em armas contra eles."

Segundo Khadafi, os governos europeus e o grupo terrorista Al Qaeda incitam a juventude da Líbia a aderir à revolta contra o governo.