Da Agência Lusa
Brasília - A União Europeia aprovou hoje (28) uma série de sanções ao governo do presidente da Líbia, Muammar Khadafi. As restrições reforçam as medidas definidas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas de proibir a venda de armas, determinar o congelamento de bens de Khadafi e as pessoas ligadas a ele, além de vetar que viajem para quaisquer países europeus.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, disse que a intenção do bloco é colaborar com o Conselho de Segurança das Nações Unidas. "Estamos colaborando com os Estados Unidos e com o Conselho de Segurança [das Nações Unidas] para, de forma coordenada, aplicar medidas restritivas”, disse ela.
Em Genebra, na Suíça, para a reunião do Conselho dos Direitos Humanos que ocorrerá nesta tarde, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, reuniu-se com os chefes da diplomacia do Reino Unido, da França, da Alemanha e da Itália. Nas conversas, ela defendeu a aplicação imediata das sanções.
Na sexta-feira (25), diplomatas europeus discutiram a possibilidade de estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, o que impede Khadafi de recorrer à força aérea para combater as manifestações.
O chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, anunciou que Berlim está disposta a “cortar todos os laços financeiros” com a Líbia, incluindo o congelamento de pagamentos pelas importações de petróleo líbio.
Desde 15 de fevereiro, Khadafi enfrenta uma onda de manifestações contra o governo no país. De acordo com relatos, as forças leais ao líder controlam apenas a região em torno da capital, Trípoli, enquanto os manifestantes dominam áreas importantes, como a segunda cidade do país, Benghazi.