Paulo Virgílio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Há quase cinco anos, o município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ganhava uma escola de cinema, iniciativa inédita numa região de periferia, carente de salas de exibição, plateias e de atividades culturais como um todo.
Fruto do pioneirismo de um grupo de artistas, liderado pelo cineasta, escritor e diretor teatral Marcus Vinicius Faustini, a Escola Livre de Cinema (ELC) chega a 2011 com um saldo positivo na meta de seus criadores de promover a inclusão social por meio da cultura, com base na crença no poder transformador da linguagem audiovisual no mundo de hoje.
A origem da escola está no projeto Reperiferia, desenvolvido pela organização não governamental (ONG) Avenida Brasil – Instituto de Criatividade Social, integrada, além de Faustini, por Anderson Barnabé, Alexandre Damasceno e Cristiane Brás. “A nossa ideia era possibilitar que crianças e jovens da periferia tivessem acesso à linguagem audiovisual, que hoje domina a comunicação no mundo, está presente no celular, na internet, e, a partir daí, passassem a falar deles mesmos e do território onde vivem”, afirma Anderson Barnabé, coordenador artístico da ELC.
De fôlego renovado, graças a um novo patrocínio, da Petrobras, com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, a escola retoma seus trabalhos hoje (26). Várias atividades estão programadas para a reabertura, como uma oficina sobre animação, com a designer gráfica Paula Ordonhes; exibição de filmes produzidos pelas turmas da escola; e uma instalação de 40 autorretratos feitos pelos alunos em 2010.
Edição: Lana Cristina