Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Feijão apresentará hoje (16) ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, um documento pedindo ações efetivas do governo para garantir o preço mínimo do produto. Segundo o presidente da câmara, Péricles Salazar, a principal reivindicação é o aumento do limite de sacas de 60 quilos, de 100 para 750 sacas, que cada produtor pode ofertar em leilões governamentais.
O feijão, assim como o arroz, é um dos poucos produtos agrícolas que não acompanharam a aumento dos preços internacionais dos alimentos. Em algumas regiões, a saca de feijão é vendida a R$ 50, enquanto o valor estabelecido pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) do governo é de R$ 80.
“O governo precisa praticar a PGPM de uma forma sustentável. Precisa garantir efetivamente não só o valor, mas também a quantidade por pessoa, 100 sacas por pessoa não adianta nada”, afirmou Salazar. Ele disse que o documento entregue hoje ao ministro tem assinaturas de representantes do setor e de parlamentares.
Salazar disse que a câmara também criou de um grupo de trabalho permanente para acompanhar a evolução dos preços e a comercialização do feijão ao longo do ano. A primeira reunião está marcada para o dia 22 de fevereiro na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Segundo Salazar, é preciso estabelecer um preço para o produto, que seja, ao mesmo tempo, bom para o produtor e o consumidor.
Edição: Rivadavia Severo