Governo do Chile vai participar diretamente das investigações sobre a morte de ex-presidente

08/02/2011 - 15h30

Renata Giraldi

Repórter da Agência Brasil

 

Brasília – O governo do presidente do Chile, Sebastián Piñera, participará diretamente das investigações sobre a morte do ex-presidente Eduardo Frei – que governou o país de 1964 a 1970. As conclusões da apuração devem esclarecer as suspeitas de que Frei foi envenenado, em 1982, por agentes ligados ao ex-presidente Augusto Pinochet (1973 a 1990). Segundo Piñera, o governo está disposto a mover uma ação judicial contra os responsáveis pela morte de Frei.

 

"Dessa forma, o nosso governo pretende colaborar para investigar a morte de um presidente. [O que não deve é] permanecer nas sombras as circunstâncias que levaram à morte dele [Frei] e que os responsáveis sejam investigados", disse Piñera.

 

O presidente informou que o governo integrará a comissão de investigação por meio de funcionários do Ministério do Interior. Segundo Piñera, a apuração sobre a morte de Frei faz parte de suas promessas de campanha e do compromisso que ele tem com o Chile. De acordo ele, não só as apurações serão feitas, como também tomadas todas as providências para condenar os responsáveis.

 

Piñera citou a decisão do juiz espanhol Alejandro Madrid, que, em 2009, determinou a investigação sobre a morte de Frei. Em 21 de janeiro desde ano, por ordem da Justiça do Chile, as autoridades federais assumiram a missão de investigar o caso.

 

Na ocasião, Piñera elogiou Frei, afirmando que ele foi “um homem à frente de seu tempo”. Nas últimas eleições, o presidente venceu a disputa ao concorrer com o senador Eduardo Frei Ruiz-Tagle, filho do presidente Frei. Apesar das divergências políticas, o parlamentar agradeceu a decisão do presidente. Segundo o senador, a investigação é “oportuna” e deve esclarecer “a verdade”.

 

Edição: João Carlos Rodrigues