Despesa do setor público com investimentos, custeio e capital aumenta 22%

28/01/2011 - 14h40

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília – As despesas do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), em 2010, tiveram expansão de 22,4% em comparação a 2009. O total de despesas atingiu, em 2010, R$ 700,128 bilhões ante os R$ 572,184 bilhões registrados no período anterior.

Hoje (28), o Tesouro Nacional anunciou que, mesmo com o aumento percentual dos gastos, cumpriu a meta de superávit primário do Governo Central, de 2,15% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).

O aumento das despesas no ano passado foi ainda maior que o crescimento registrado em 2009 em relação a 2008, que foi de 14,9%.

Do lado dos investimentos, houve um crescimento de 38% em comparação a 2009, sendo que as despesas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) aumentaram 23,1%. Foram R$ 13 bilhões a mais em investimentos e R$ 4,1 bilhões com o PAC. No total, as despesas de custeio e capital atingiram R$ 274,514 bilhões. No ano anterior, foram registrados R$ 191,603 bilhões.

“O resultado foi bom para o Brasil e atingimos a meta. O benefício para a sociedade é ter a capacidade manter a infraestrutura pública em funcionamento. É destinar recursos para a área social, como o Programa Bolsa Família ou evitar que haja, por exemplo, um apagão de energia como já houve no Brasil em outros períodos”, disse o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

Em consequência da reestruturação das carreiras dos servidores públicos e do pagamento de passivos judiciais, os gastos com pessoal e encargos cresceram R$ 14,8 bilhões (9,8%) em comparação a 2009. Enquanto em 2010, foram gastos R$ 166,486 bilhões, em 2009, foram 151,652 bilhões.

Se os gastos como um todo aumentaram consideravelmente, por outro lado, houve estabilidade no déficit da Previdência Social em relação ao ano anterior. A arrecadação líquida previdenciária apresentou aumento de R$ 30 bilhões, explicada pelo crescimento da massa salarial. As despesas com benefícios cresceram na mesma proporção, R$ 30 bilhões, devido ao aumento médio de benefícios pagos pela Previdência.

Foram arrecadados R$ 211 bilhões em 2010 ante R$ 182 bilhões em 2009. Já as despesas com benefícios chegaram a R$ 254 bilhões ante R$ 224 bilhões no ano anterior.

Do lado das receitas, também houve aumento. Foram arrecadados 24,4% a mais em comparação a 2009. As receitas totais ficaram em R$ 919,773 bilhões. Em 2009, o resultado ficou em R$ 739,304 bilhões. Ou seja, no ano passado, foram R$ 180,468 bilhões a mais do que no ano anterior. Esse resultado reflete, entre outros fatores, a recuperação dos principais indicadores da economia, incluindo o aumento nominal da massa salarial de 13,2%, entre dezembro de 2009 e novembro de 2010.

Edição: Lana Cristina