Thais Leitão
Enviada Especial

Nova Friburgo - A primeira segunda-feira após a enxurrada que devastou o município de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, está sendo marcada pelas ações de limpeza em boa parte dos estabelecimentos da cidade. Muitos comerciantes abriram as portas logo cedo para retirar a lama e a sujeira que ficaram acumuladas e contabilizar o prejuízo.

No pátio de uma concessionária de automóveis no centro de Friburgo, diversos carros zero quilômetro permanecem sujos e com o capô aberto para que mecânicos possam avaliar os danos.

Nas ruas são usadas escavadeiras para liberar as pistas de rolamento e as calçadas. Pedestres tentam se movimentar em meio ao barro se equilibrando entre lama, entulhos e enormes pedras que rolaram das encostas. Também é comum ver pessoas usando máscaras para se proteger da poeira barrenta que se forma já que não chove no município desde a tarde de ontem (16).

Muitos postos de combustível também não estão funcionando. Os frentistas informam que os reservatórios de álcool e de gasolina estão cheios, mas os serviços foram interrompidos porque com as inundações as bombas foram danificadas. Em alguns poucos que não sofreram prejuízos, se formaram filas de carros.

O motoqueiro Félix Schuenck disse que teve dificuldade de encontrar um posto aberto. “Não está faltando gasolina, os caminhões estão trazendo, mas as bombas não funcionam então não adianta. Para quem precisa rodar para trabalhar, como eu, não tem jeito, tem que enfrentar a fila. São poucos os que estão abertos”, afirmou enquanto abastecia sua moto em um posto na entrada da cidade.
 

Edição: Rivadavia Severo