Cardozo diz que reunião ministerial poderá tratar de chuvas no Rio

14/01/2011 - 14h22

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou hoje (14), ao comentar a tragédia provocada pelas chuvas na região serrana do Rio de Janeiro, que a pasta está aberta "a toda e qualquer situação".

Em entrevista coletiva logo após a posse do novo diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, o ministro lembrou que a Força Nacional de Segurança está à disposição do governo fluminense. “A Força Nacional foi enviada a pedido do governador [Sérgio Cabral] e chegou lá [ontem] com 215 membros entre policiais e legistas. Estamos abertos a toda e qualquer situação. No que mais for necessário, o Ministério da Justiça está a disposição”, reforçou.

De acordo com Cardozo, o problema das chuvas poderá ser tratado na reunião ministerial desta tarde, no Palácio do Planalto, com a presidenta Dilma Rousseff.

O ministro falou também sobre o caso do ex–ativista ilaliano Cesare Battistti, condenado à prisão perpétua em seu país, que está preso no Brasil e teve o pedido de extradição negado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Superior Tribunal Federal deverá voltar a tratar do processo de extradição de Battisti em fevereiro, quando a Corte voltará do recesso.

“Lendo o parecer da Advocacia-Geral da União, que fundamentou a decisão do presidente Lula, tenho convicção da correção jurídica e do mérito daquilo que foi decidido por Lula. Quanto ao Supremo, cabe a ele sua decisão”, afirmou.

Perguntado sobre como ficariam as relações entre o Brasil e a Itália, depois da decisão contrária à extradição de Battisti, o ministro da Justiça disse que é natural haver divergências nas relações entre países.

Segundo ele, como um país soberano, a Itália também tem de decidir processos de extradição de pessoas que estão em seu território. "Por mais que [a Itália] possa se sentir desagradada por uma decisão do Brasil ou de outros países, não creio que isso abalará as nossas relações.”

Edição: Nádia Franco