Moradores de Franco da Rocha em SP são resgatados por bombeiros

12/01/2011 - 9h58

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Pela segunda madrugada seguida, a população do município de Franco da Rocha, distante 45 quilômetros (km) da cidade de São Paulo, enfrenta problemas com enchentes. A região central foi totalmente inundada pela vasão da Represa Paiva Castro, que não pôde conter a cheia do Rio Juqueri. O nível da água atingiu cerca de 88 centímetros, segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, Donizete Bernardo. Cerca de 35 famílias ficaram ilhadas.

Essas famílias estão sendo retiradas de suas casas pelas equipes do Corpo de Bombeiros com a ajuda de embarcações. Os telefones fixos não funcionam, o comércio não abriu, os prédios que abrigam as repartições públicas municipais também foram alagados e as vias continuam intransitáveis desde segunda-feira.

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou que, por causa dos alagamentos, a circulação de trens foi interrompida no trecho entre Caieiras e Franco da Rocha, na Linha 7-Rubi, que liga a Estação da Luz à Estação Morato Coelho. Foi acionado o Plano Paese, de oferta gratuita de transporte com ônibus, mas na região central esses veículos também não conseguem rodar.

Apesar desse quadro, a prefeitura informou que a situação vem sendo monitorada. Um alerta sobre a vasão da represa foi emitido. O município tem cerca de 117 mil habitantes. Não houve nenhum caso de desabamento ou deslizamento de terra e também não há registro de feridos.

De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a abertura das comportas é feita gradualmente, obedecendo ao nível de segurança máximo para evitar um rompimento da barragem cujos efeitos seriam ainda muito piores.

Edição: Talita Cavalcante