Cerca de 31 mil imóveis foram vendidos na cidade de São Paulo em 11 meses

12/01/2011 - 17h47

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Entre janeiro e novembro do ano passado foram vendidos 30,9 mil imóveis na capital paulista, segundo dados divulgados hoje (12) pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Em 2009 inteiro, foram vendidas 35,8 mil unidades. Em toda a região metropolitana de São Paulo, que engloba 39 municípios, foram comercializados 58 mil novos imóveis entre janeiro e novembro de 2010. O Secovi estima que o setor deve fechar 2010 com 36 mil unidades vendidas só na cidade de SP.

A entidade estima em 67% o crescimento dos valores financiados com recursos da poupança em 2010, com um total de R$ 57 bilhões representando 450 mil unidades financiadas. Para 2011, esse montante deve crescer 50%, segundo estimativas da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e do Banco Central.

De acordo com o presidente do Secovi-SP, João Crestana, o crescimento registrado em 2010 foi decorrente do programa Minha Casa, Minha Vida e do processo de recuperação da economia mundial após o tombo da crise financeira de 2008/2009. “Isso traz a segurança, para todos, de que podem ter sua residência ou seu escritório. Foi um ano em que a sociedade resolveu que habitação é prioridade e que deve ser uma política perene para que possamos erradicar o déficit habitacional do país e oferecer, para toda a classe média, uma solução urbana”.

O presidente do Secovi-SP ressaltou que os maiores desafios do setor, em 2011, são a criação de instrumentos alternativos de captação de recursos para o setor imobiliário, tornar permanente o programa Minha Casa, Minha Vida e desburocratizar o mercado de imóveis. “A principal preocupação é manter a capacidade de pagamento em um país forte, mas isso não basta. Deve haver crédito, porque essa é a dupla que traz sucesso para a habitação”.

Crestana disse ainda que, na cidade de São Paulo, é preciso “fabricar terrenos” para novos empreendimentos. Devido ao preço alto dos terrenos, o setor está construindo novos empreendimentos em locais cada vez mais afastados do centro, o que obriga as pessoas a passar horas em deslocamento.

“A boa resposta para a população é tentarmos ver locais onde há galpões industriais em grandes quarteirões, que poderiam ser transformados em locais de urbanização com habitação verticalizada”, apontou ele.

Edição: Vinicius Doria