Defesa Civil considera "praticamente encerrado" caso de peixes mortos no Paraná

11/01/2011 - 15h09

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba – O chefe da Defesa Civil de Paranaguá, capitão Edson Ávila, disse hoje (11) que considera praticamente encerrado o caso da grande quantidade de peixes mortos encontrados entre o fim de dezembro e o início de janeiro na Baía de Paranaguá, no litoral paranaense.

“Os indícios de que os peixes tenham sido jogados no mar são muito grandes", disse Ávila, que integra a força-tarefa que investiga as causas do acidente. A força é formada por representantes do Instituto Ambiental do Paraná, da Polícia Ambiental, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Polícia Federal e do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná.

"Quando acontece um acidente dessa natureza, morrem todos os tipos de peixe, e aqui foram encontradas basicamente sardinhas-xingó, que não têm interesse comercial por causa do tamanho”, explicou Ávila, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo o capitão, a situação está sob controle. Ele informou que a Polícia Ambiental está fazendo um levantamento das embarcações que navegaram pela baía naquele período e que o total de peixes mortos é bem menor do que o divulgado. “Não ultrapassa 5 toneladas. E estamos investigando a informação de que pescadores da Ilha de Amparo teriam enterrado por lá 15 toneladas. Isso daria um total de 20, e não 100 toneladas, como chegou a ser divulgado.”

O consumo e a comercialização de peixes estão normais e, de acordo com a prefeitura de Paranaguá, os pescadores já retornaram ao trabalho. A prefeitura informou também que pescadores de oito localidades marítimas do município cadastraram-se e estão recebendo cestas básicas como auxílio para os dias em que ficaram sem trabalhar.

A partir de agora, as investigações sobre as causas da morte de peixes na Baía de Paranaguá concentram-se na hipótese de descarte do pescado por um navio pesqueiro. Outra hipótese, a de contaminação da água por produtos químicos, ainda está sendo analisada, mas a possibilidade é remota, conforme nota divulgada ontem (10) por órgãos ambientais que cuidam do caso. Já foram descartadas duas hipóteses: ocorrência de doença e intoxicação por microalgas.

Edição: Nádia Franco