Rio tem 117 comunidades com casas em áreas de alto risco

06/01/2011 - 17h12

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A prefeitura do Rio apresentou hoje (6) um estudo feito pela Fundação Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro (Geo-Rio) que apontou que cerca de 18 mil imóveis em 117 comunidades da cidade estão em áreas consideradas de alto risco para a população. Iniciado após as fortes chuvas de abril de 2010, o mapeamento constatou que 30% dos 13 quilômetros quadrados vistoriados estão suscetíveis a qualquer tipo de deslizamento de terra.

O levantamento, que utilizou tecnologia a laser e fotografias aéreas, englobou todas as encostas da região do Maciço da Tijuca em 52 bairros das zonas sul, oeste, norte e centro e proporcionará que os técnicos realizem as intervenções necessárias para que os problemas sejam resolvidos. Cerca de 3 mil famílias, que estavam em situação de risco no ano passado, foram retiradas desse grupo com obras de contenção já realizadas.

Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, a cidade, pelas suas características geológicas, sempre sofrerá com o risco de deslizamento em suas encostas em dias de muita chuva, mas, segundo ele, as mortes poderão ser evitadas.

“Nós investimos mais de R$ 150 milhões em contenção de encostas esse ano, fizemos esse levantamento sério, temos um plano de contingência, dragamos uma grande quantidade de rios, com obras de canalização. Foram mais de R$ 200 milhões em obras preparando a cidade para enchentes. Agora, dependendo do índice pluviométrico, vai ser impossível não acontecer problemas, o que a gente pode fazer é minimizar e diminuir”, disse.

Segundo Paes, o principal objetivo é fazer com que as pessoas não tenham que abandonar suas casas. O reassentamento, afirmou, seria a última opção.

De acordo com a prefeitura, moradores de áreas formais da cidade, em situação de perigo, também receberão a notificação da Geo-Rio e terão que realizar as obras por conta própria por viverem em áreas particulares. Três mil profissionais de saúde estarão capacitados para coordenar as primeiras ações e atuar nas comunidades.

Vários presidentes das associações de moradores das comunidades estiveram reunidos com as autoridades e receberam uma cartilha com orientações e um telefone celular, onde receberão mensagens com alertas de risco e outras informações.

Edição: Lana Cristina//O título foi alterado