Líder do PMDB diz que discussão do mínimo não tem relação com preenchimento de cargos

05/01/2011 - 17h34

Iolando Lourenço

Repórter da Agência Brasil

 

Brasília - O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), negou hoje (5) que haja relação entre as discussões em torno do novo salário mínimo, fixado em R$ 540 a partir de 1º de janeiro, e o preenchimento de cargos no governo da presidenta Dilma Rousseff. “Misturar esse tema [salário mínimo] com a definição de cargos na composição natural do nosso governo é uma absurda e imperdoável irresponsabilidade”, disse o líder, em nota à imprensa.

 

Henrique Eduardo Alves esclarece, na nota, que com a edição da medida provisória cabe agora ao Congresso Nacional debater o valor do novo salário mínimo. “Chegou a hora de o plenário debater [o assunto]. Muitas propostas virão. E, com a responsabilidade que temos com o país e com o nosso governo da presidenta Dilma, queremos antecipar uma discussão séria com a área econômica.”

 

O líder afirma que é preciso buscar os números e as razões para enfrentar o debate sobre o valor do salário mínimo, “que não pode ser emocional nem demagógico. Esta medida tem graves repercussões nos estados e municípios e o PMDB quer sua bancada unida e consciente nesta discussão e votação – apenas isto”.

 

Em relação à eleição da Mesa Diretora da Câmara, que deverá ocorrer no próximo dia 2 de fevereiro, o líder lembra que o PMDB e o seu presidente, o atual vice-presidente da República, Michel Temer, assinaram um documento com o PT, que tem a maior bancada na Casa, baseado no respeito à proporcionalidade e aos direitos de cada partido e que isso se tornou um compromisso de honra para o PMDB.

 

“O nosso candidato é o candidato do PT, deputado Marco Maia. Torcemos e trabalhamos para que ele se torne o nome de consenso dos partidos do governo, da oposição, dos maiores aos menores. Enfim, o presidente da instituição Câmara dos Deputados”, conclui a nota do líder peemedebista.

 

Edição: João Carlos Rodrigues