Secretário minimiza dificuldades em aprovar projeto que exclui a Eletrobras da meta de superávit

22/12/2010 - 9h50

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, tentou minimizar a dificuldade do governo para aprovar o projeto que exclui a Eletrobras da meta de superávit primário. A mudança altera a meta de superávit de 2011, que cai de R$ 125,5 bilhões para R$ 117,9 bilhões.

“Espero que seja aprovado. É importante para o Brasil. É uma evolução para a empresa. Na formulação que nós fizemos a empresa passa a ter as mesma condições do ponto de vista fiscal que foi dado para a Petrobras. Acho que a receptividade foi positiva da proposta que o governo fez”, disse Arno ao chegar ao Ministério da Fazenda.

A votação do relatório final do Orçamento de 2011, marcada para ontem (21), terminou adiada para hoje (22) devido à falta de acordo em torno da administração de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No caso do PAC, o principal entrave é a proposta do governo de remanejar livremente até 30% da verba do programa, o que representa cerca de R$ 12 bilhões. O dispositivo foi incluído no texto pela relatora-geral do Orçamento, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT).

Sobre o Relatório de Inflação do quarto trimestre, divulgado pelo Banco Central, Arno evitou fazer comentários alegando que o Tesouro Nacional não se posiciona sobre a política monetária. “Nós nunca falamos sobre política monetária e não vamos falar agora”, disse.

O BC elevou a projeção de inflação oficial neste ano e em 2011. Para 2010, a expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 5,9%. A nova estimativa é quase 1 ponto percentual maior do que a do relatório de setembro. Em 2011, a expectativa passou de 4,6% para 5%.

Edição: Lílian Beraldo