Produção e emprego devem crescer em 2011 impulsionados pela atividade industrial, diz Firjan

16/12/2010 - 17h45

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com cerca de 300 empresas fluminenses mostra que uma em cada quatro empresas está trabalhando em ritmo de produção acima do esperado no quarto trimestre deste ano, confirmando o aquecimento da atividade industrial no estado.

A projeção mostra que 70,7% das empresas pretendem aumentar a produção no ano que vem, enquanto 52,9% prevêem ampliar o número de contratações em relação a 2010, que já teve expansão para 41,4% dos consultados. “Uma em cada duas empresas pretende elevar as contratações”, informou a diretora de Desenvolvimento Econômico da Firjan, Luciana de Sá. Linha de montagem (52,2%) e controle de qualidade (19,2%) são as áreas que devem liderar as contratações.

A pesquisa indica também que os investimentos devem aumentar no próximo ano para 61,3% dos entrevistados, diante da expectativa de melhoria do cenário externo, de demanda interna aquecida e de previsão de investimentos no Rio de Janeiro. Os megaeventos esportivos que ocorrerão, como a Copa do Mundo de 2014, são os principais incentivadores da expansão dos investimentos no estado. Para 24,2% dos entrevistados, também é importante a exploração de petróleo na camada do pré-sal.

A maioria dos empresários (80,1%) está muito confiante na evolução da economia brasileira e espera que o governo promova mais avanços ou desenvolvimento principalmente nas áreas de infraestrutura, segurança pública e saúde.

Sobre 2010, 81,1% dos consultados avaliaram o ano como muito bom, embora 46,1% apontem que os negócios poderiam ter sido melhores a partir da resolução de alguns entraves, como a carga tributária, mencionada por 38,3% dos pesquisados, os custos trabalhistas e o câmbio valorizado. “A tributação, de modo geral, afetou os resultados das empresas”, disse Luciana.

No âmbito estadual, o diferencial do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em relação a outros estados lidera a lista de problemas enfrentados pelas empresas, seguindo pela competição nacional acirrada e dificuldades na obtenção de licenças ambientais.

A diretora da Firjan salientou que pela primeira vez foi captada pela pesquisa uma questão-chave para as empresas hoje, que é a banda larga de baixa qualidade. O problema foi apontado por quase 10% das companhias.

Uma possível volta da CPMF resultaria em repasse desses custos para os preços finais, declararam 39,1% dos entrevistados consultados. A diretora de Desenvolvimento Econômico da entidade, Luciana de Sá, avaliou que a consequência imediata do retorno do imposto seria aumento de preços. “No longo prazo, o impacto mais negativo seria sobre o mercado de trabalho”.Uma possível volta da CPMF resultaria em repasse desses custos para os preços finais, declararam 39,1% dos entrevistados consultadas.

 

Edição: Rivadavia Severo