Contratações na área de projetos devem marcar mercado de trabalho fluminense, a partir de 2011

16/12/2010 - 18h33

 

Alana Gandra

Repórter da Agência Brasil

 

Rio de Janeiro - O aumento das contratações ligadas à área de projetos será um dos destaques do mercado de trabalho fluminense a partir de 2011, disse hoje (16) o gerente de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Guilherme Mercês.

 

“A indústria está se preparando para atender à demanda. Só em novembro, que normalmente é um mês de desaceleração do emprego, se configurou o melhor [período] do ano para o estado. O Rio de Janeiro está em franca expansão”, afirmou.

 

O estado do Rio apresentou recorde na série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, iniciada em 1992, com um saldo no mês de novembro de 31.965 vagas formais criadas.

 

Guilherme Mercês confirmou que o Rio de Janeiro tem grandes projetos em vista para os próximos anos. “Isso fica claro quando a gente olha tanto as perspectivas de investimento quanto de contratações relacionadas à área de engenharia, projetos em geral, controle de qualidade, e a forte importação de máquinas e equipamentos, que tem servido para ampliar a capacidade produtiva do estado”.

 

Ele espera que a demanda por produtos fabricados no Rio seja grande nos próximos anos. “E as empresas estão se preparando para isso”. Afirmou que o setor que demandará maior volume de contratações é o de petróleo e gás, com as perspectivas de exploração na camada pré-sal. “E vai demandar muito não só da cadeia extrativa, como toda a cadeia de óleo e gás”.

 

Acrescentou que também a área da construção civil deve apresentar aumento de contratações, atrelado ao petróleo e aos grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. “E, aí, nós temos também o adensamento dos grandes projetos de habitação, que a gente chama de construções leves, que também demandam produtos de material eletrônico, de comunicação das indústrias, além da siderurgia, minerais não metálicos”.

 

Mercês acredita que a cadeia que deve ser demandada no Rio de Janeiro nos próximos anos deverá superar a que ocorrerá para o Brasil como um todo.

 

 

Edição: Aécio Amado