Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Cerca de 200 policiais civis de São Paulo participam, desde as primeiras horas da manhã de hoje (15), das buscas a suspeitos de envolvimento na morte de Sérgio Augusto Ramos, o Serjão, um dos dois diretores do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo assassinados nos últimos dois meses.
Segundo a assessoria da Secretaria de Segurança Pública, a Justiça Estadual expediu 21 mandados de busca e apreensão contra pessoas que já vinham sendo investigadas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que apura indícios de má conduta administrativa no sindicato antes dos dois últimos assassinatos.
O promotor Roberto Porto, do Gaeco, acompanha as diligências que são feitas na capital e em mais três cidades da Grande São Paulo: Mairiporã, Taboão da Serra e Santana de Parnaíba. Um primeiro balanço da operação deve ser divulgado hoje à tarde.
Autor de uma denúncia de suposto esquema de fraudes no sindicato, Serjão tinha 48 anos, duas filhas e, segundo a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), entidade a qual o sindicato é ligada, participava de seu primeiro mandato na diretoria. Ele foi baleado no dia 25 de outubro, em frente à empresa em que trabalhava, a Viação Itaim Paulista (VIP), por dois homens de moto. Antes de morrer, o sindicalista havia registrado dois boletins de ocorrência e um vídeo denunciando ameaças de morte.
No dia 12 de novembro, outro diretor do sindicato, José Carlos da Silva, também foi morto a tiros por um homem que estava na garupa de uma moto e que disparou contra o veículo do sindicalista sem dizer nada. Somente após concluir as investigações o MPSP poderá afirmar se as duas mortes estão relacionadas.
Edição: Graça Adjuto