Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O PT pretende estruturar, no Senado, um bloco partidário que reúna 29 parlamentares. O líder do partido, Aloizio Mercadante (SP), disse que as conversas estão adiantadas com o PSB, PDT e PR e começam com o PCdoB e o PRB. O parlamentar frisou que o partido respeitará o critério da proporcionalidade das bancadas na escolha dos cargos da Mesa Diretora e das comissões o que implica que a presidência ficará, mais uma vez, com o PMDB que tem a maior representação na Casa.
A bancada petista de senadores com mandato e eleitos se reuniu hoje (2), na liderança do partido, para avaliar a formação do bloco e recebeu informações do presidente do partido, José Eduardo Dutra, sobre o andamento dos trabalhos na transição de governo. Dutra também fez um relato sobre os “passos dados na montagem do governo” de Dilma Rousseff, disse o líder do PT.
Quanto à escolha das quatro comissões permanentes que o PT terá direito de indicar por ser a segunda maior bancada – 14 senadores -, Mercadante disse que só será definida em 31 de janeiro. Até lá, acrescentou, o caminho é dialogar com toda a futura base aliada para que se garanta ao governo de Dilma Rousseff uma ampla maioria no Senado.
Sobre a definição das comissões, o presidente do PT disse que a preferência do partido, como de todos os demais, é pelo comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Como, pelo critério de rodízio com base no tamanho da bancada, o PT terá a segunda escolha, caberá aos peemedebistas, com quem pretendem conversar, definir se ficará com a CCJ ou com a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Na próxima terça-feira (7), o sucessor de Henrique Meirelles no Banco Central, Alexandre Tombini, será sabatinado pela CAE. O objetivo, disse o líder petista, é votar no mesmo dia, em plenário, a indicação do novo ministro. Para isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve encaminhar ainda hoje a mensagem de indicação de Tombini para a presidência do Banco Central.
Edição: Aécio Amado