Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de São Paulo requisitou hoje (19) a gravação feita por câmeras de segurança de um prédio na Avenida Paulista que registraram a agressão de quatro adolescentes e um adulto a três jovens, ocorrida na manhã do último domingo (14).
Eles foram detidos por policiais militares após agredir um fotógrafo de 20 anos de idade e dois estudantes, de 19 e 23 anos. Segundo o boletim policial, as agressões ocorreram em lugares diferentes da Avenida Paulista, uma das principais da cidade.
Um fotógrafo e um estudante de 19 anos, que estavam em um ponto de táxi, foram os primeiros agredidos pelo grupo, segundo testemunhas. Os dois foram surpreendidos pelos agressores com socos e pontapés. O fotógrafo, cujo nome não foi divulgado, conseguiu correr e se refugiar em uma estação de metrô próxima. O outro rapaz ficou muito machucado e foi levado por policiais para o Hospital Osvaldo Cruz, onde passou a noite em observação.
Na sequência, ainda na Avenida Paulista, os cinco jovens atacaram um rapaz de 23 anos, cujo nome também não foi divulgado. Um dos agressores chegou a quebrar uma lâmpada fluorescente na cabeça da vítima, que foi atendida no Hospital do Servidor Público Municipal. Após o segundo ataque e alertados pelas testemunhas, os policiais militares conseguiram deter o grupo próximo ao local da segunda agressão.
As imagens captadas pelas câmaras do prédio, que foram exibidas pelas emissoras de TV, flagraram o momento em que um dos jovens é atingido por uma lâmpada fluorescente. Os cinco agressores caminhavam na mesma calçada em sentido contrário à vítima quando, sem nenhum motivo aparente, um deles ataca quebrando uma lâmpada com violência na cabeça da vítima, que não reage. Em seguida, o agressor volta a atacar pela segunda vez, quebrando mais uma lâmpada no corpo do rapaz, que apresenta ferimentos no rosto e na cabeça.
Segundo nota divulgada pelo Ministério Público (MP), após analisar as imagens das câmeras de segurança do edifício, os promotores irão adotar “medidas processuais e judiciais que o caso requer”.
Os acusados prestaram depoimentos e foram liberados na segunda-feira (15). A Polícia Civil investiga se as agressões foram motivadas por homofobia.
Edição: Aécio Amado