Empresários fluminenses mantêm otimismo com a economia, mostra pesquisa

04/11/2010 - 15h57

 

Vladimir Platonow

Repórter da Agência Brasil

 

Rio de Janeiro - A confiança dos empresários da indústria fluminense segue em alta no terceiro trimestre do ano, em uma trajetória de recuperação desde a crise mundial de setembro de 2008. O dado faz parte do Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense (ICEI-RJ), divulgado hoje (4) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Em uma escala de zero a 100 pontos, em que 50 é neutro, o período de julho a setembro deste ano apontou 63,2 pontos.

 

“O avanço da renda e do crédito direciona a massa salarial para um patamar extremamente positivo, que permite às indústrias ligadas ao consumo viver um momento bastante favorável, principalmente para as vendas de Natal”, afirmou o economista da Firjan Guilherme Pinto.

 

Entre os motivos que fortalecem a crença dos industriais fluminenses, também estão os investimentos em infraestrutura para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, além das demandas do setor naval e da cadeia do petróleo, que movimentam as indústrias siderúrgicas e metalúrgicas.

 

O índice divulgado é formado pela média de pontuação referente a aspectos econômicos, divididos em duas vertentes: como os empresários analisam as condições atuais e como eles medem suas expectativas para os próximos seis meses.

 

Quanto às condições atuais, os entrevistados marcaram 56,2 pontos para a economia brasileira, 57,5 para a economia do estado e 57,8 para o desempenho da própria empresa.

 

No quesito expectativas, registraram índices maiores: 61,2 pontos para a economia brasileira, 64,4 para o estado e 67,7 para a própria empresa. Na série histórica do índice, iniciada no primeiro trimestre de 2008, o valor mais baixo foi registrado no quarto trimestre de 2008, logo após a crise que abalou o mundo, com 46,7 pontos de avaliação sobre o momento. A recuperação do país, entretanto, levou ao recorde da série no primeiro trimestre de 2010, com 66,7 pontos.

 

De acordo com Guilherme Pinto, o segundo e terceiro trimestres deste ano tiveram ligeira inflexão, para 63,3 e 63,2, por causa das incertezas dos empresários sobre os rumos do país durante o período eleitoral. “Em outros tempos, com a economia mais frágil, isso teria um efeito maior, mas é natural ficar um pouco reticente durante as eleições.”

 

Edição: João Carlos Rodrigues