Famílias desabrigadas por desabamento no Rio reúnem-se com representantes da prefeitura

03/11/2010 - 13h51

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Representantes das 33 famílias que ficaram desabrigadas com o desabamento de um prédio no centro da cidade, no último sábado (30), estão reunidos desde a manhã de hoje (4) com o subprefeito da região, Thiago Barcellos, e com o secretário municipal de Habitação, Pierre Batista. Eles esperam chegar a um acordo para resolver seu problema habitacional.

A proposta apresentada pela prefeitura é que os moradores do prédio que desabou sejam contemplados com um imóvel do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, ou que passem a receber, em caso de necessidade, o aluguel social.

Na segunda-feira (2), as famílias foram levadas para conhecer um conjunto habitacional em Campo Grande, na zona oeste da cidade, onde poderiam ser realocadas, mas algumas pessoas reclamaram da falta de estrutura do local.

Para Rodrigo Cardeal, um dos desabrigados, o ideal seria que as moradias fossem mais próximas do local onde trabalham. “As casas ficam no meio do mato. Não tem creche, escola, padaria, farmácia, só tem matagal. É em condomínio fechado, mas a uma distância enorme do centro de Campo Grande e de difícil acesso”, afirmou.

O desabamento deixou cinco mortos e 12 feridos. O prédio de três andares ficava na Rua Laura Araújo, 70, Cidade Nova, no centro do Rio. O local foi isolado pela Defesa Civil Municipal, que vai realizar uma avaliação nos estabelecimentos no entorno para decidir se permanecerão interditados.

Desde o acidente, a maioria dos moradores optou por ficar na casa de parentes e amigos. Apenas uma família está abrigada pela prefeitura na Praça Seca, na zona oeste. O Instituto de Criminalística Carlos Éboli analisa pedaços dos escombros para averiguar as causas do desabamento.

Edição: Nádia Franco