Para coordenador do Afroreggae, novo governo deve investir mais em desenvolvimento urbano

02/11/2010 - 12h13

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Ampliar os investimentos em ações de desenvolvimento urbano deve ser uma das prioridades do governo federal nos próximos quatro anos, segundo avaliação do coordenador de parcerias institucionais da organização não governamental (ONG) Afroreggae, Reginaldo Lima. Para ele, ao lado de áreas como saúde e educação, o tema é fundamental para garantir a melhoria da qualidade de vida das populações de baixa renda.

“É claro que precisamos de um povo saudável e com acesso à educação. Mas o desenvolvimento urbano também é muito importante porque levanta a autoestima da população, transforma a vida do cidadão, aumenta a geração de emprego e renda e permite que o povo sonhe”, afirmou.

De acordo com Lima, o governo também deve reforçar o crescimento econômico das classes D e E, ampliando sua inserção na sociedade, tanto por iniciativas diretas da esfera pública quanto por meio do estímulo a ações da própria sociedade civil organizada.

Ele citou o trabalho do Afroreggae, como projeto bem-sucedido de combate à exclusão com o apoio do governo federal. O grupo atende jovens de cinco comunidades carentes do Rio, com iniciativas que utilizam a arte, a cultura afro-brasileira e a educação como instrumentos de transformação social.

Segundo Lima, ações de diversas naturezas que estimulem o desenvolvimento humano são fundamentais não apenas para promover as camadas mais pobres à sociedade de consumo, como também para enfrentar problemas como a entrada de jovens no mundo do tráfico de drogas e suas consequências, entre elas a escalada da violência.

Para o coordenador do AfroReggae, a expectativa para os próximos quatro anos é que os ganhos sociais verificados no governo do presidente Lula sejam mantidos e aprofundados.

“É preciso seguir em frente com as transformações sociais implementadas nos últimos oito anos, com o desenvolvimento de todos os setores da sociedade, como a indústria, o comércio e, consequentemente, do emprego em todas as regiões”, destacou.
 

Edição: Graça Adjuto