Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O eleitor que precisa justificar a ausência do voto no segundo turno enfrenta pequenas filas no Rio. Para supervisores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) nas zonas eleitorais, a procura pelos postos se deve ao feriado de terça-feira (2). Responsável por uma das maiores seções eleitorais da zona sul, a fiscal Maria Aparecida Câmara diz que a demanda é mais que o dobro da do primeiro turno.
"Muita gente de outros estados está nos procurando, vieram justificar. É por causa do feriado, com certeza", afirmou. Segundo Maria Aparecida, a pequena espera ocorre porque não há espaço para todos preencherem as fichas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao mesmo tempo. "Demora mais para preencher a ficha toda do que para votar. Afinal de contas, dessa vez, os eleitores só precisam escolher um candidato. Mas só temos essa mesa e poucas canetas."
Para aproveitar o dia de sol, o carioca preferiu resolver cedo sua situação na Justiça Eleitoral neste domingo (31). As praias da zona sul da cidade estão cheias desde a manhã. Do estado do Tocantins, a médica Monalisa Sabino, de 34 anos, foi uma das que justificou o voto e correu para a praia. Aproveitando o dia na orla de Copacabana, conta que resolveu suas obrigações com a Justiça Eleitoral para não correr o risco de pegar chuva no final da tarde.
"Queria descansar, sair um pouco da rotina e aproveitar essa paisagem maravilhosa do Rio. Então, tive que abrir mão de votar. Já justifiquei o voto em um colégio aqui perto e foi tudo super-tranquilo, não tinha fila, nem nada", contou.
Além dos turistas, o supervisor Roneli Matare, de uma zona eleitoral no Catete, que também fica na zona sul, atribuiu a grande procura pela justificativa de voto ao alto número de pessoas que ainda não transferiram o título de suas cidades de origem para o Rio.
"Tem gente de vários lugares, mas principalmente da Região Sul, do Região Nordeste, principalmente do Maranhão, da Bahia e do Piauí. Tem muito eleitor que já mora no Rio. O pessoal precisa é transferir o título para cá", avaliou.
Edição: Talita Cavalcante