Embaixador do Reino Unido diz que cortes no Orçamento foram "medidas difíceis"

21/10/2010 - 16h07

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Ao comentar o anúncio do maior pacote de cortes nos gastos públicos desde a 2ª Guerra Mundial, o embaixador do Reino Unido no Brasil, Alan Charlton, disse hoje (21) que a situação “não é fácil” e que foi necessário tomar “medidas difíceis”.

O pacote, anunciado ontem (20) pelo ministro das Finanças, George Osborne, afeta praticamente todas as áreas do governo britânico e deve provocar o fechamento de 490 mil postos de trabalho no serviço público até 2015.

O embaixador lembrou que o Reino Unido tem um dos maiores déficits públicos da Europa, que ultrapassa os 150 bilhões de libras (cerca de R$ 398 bilhões). O valor equivale a 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Charlton ressaltou que os orçamentos de áreas como saúde, educação e ciência e tecnologia foram “praticamente protegidos”. Segundo ele, os projetos previstos para os Jogos Olímpicos de 2012 em Londres também serão mantidos, bem como os investimentos em estradas e em transporte público.

“Queremos acabar com o déficit, mas apoiar o crescimento. Precisamos de decisões bem pensadas. Vamos estimular o setor privado e cortar no setor público. Estamos pensando no futuro”.

Sobre as relações britânicas com o governo brasileiro, ele afirmou que a expectativa é que o relacionamento se torne “bem mais avançado”. A previsão para o próximo ano, segundo Charlton, é que o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, venha ao Brasil.
 

O Reino Unido é formado pela união de quatro nações: Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales.

 

 

Edição: Rivadavia Severo