Da Agência Brasil

Brasília – As autoridades do Peru anunciaram a prisão de um dos principais líderes do grupo Sendero Luminoso, Edgar Mejía Asencio, conhecido por Izula. Asencio foi capturado ontem (13) na selva em uma operação policial.

A informação foi confirmada pelo ministro do Interior peruano, Fernando Barrios. Também foram presos mais dois integrantes do grupo que serviam como apoio a Izula, enquanto dois homens foram mortos na operação.

As informações são da agência oficial da Argentina, a Telam. Mejía Asencio, de 27 anos, é acusado pelo assassinato de 50 pessoas, entre eles 11 policiais. Para o chefe de Polícia do Peru, general Miguel Hidalgo, Izula exerce liderança expressiva sobre o restante do grupo. Ele foi localizado na aldeia de La Selva Morada, em Huánuco, onde costumava ir para abastecer o veículo que utilizava.

Izula estava acompanhado por um grupo e houve troca de tiros com os policiais. Dois homens foram mortos, segundo os policiais. Izula é irmão de Félix Mejía Asencio, o Mono, outro integrante do Sendero Luminoso, que foi capturado no ano passado.

De acordo com as investigações, a denominada coluna – espécie de subgrupo – em que Izula atuava no Sendero Luminoso era responsável pelo controle da produção de coca na região de Huallaga. Porém, as autoridades peruanas afirmam que as Forças Armadas têm conseguido reduzir a atuação desse grupo.

Hidalgo lembrou que Eleuterio Florindo Flores, conhecido como Artemio, outro integrante do Sendero, também foi capturado. De acordo com o policial, a função de Artemio era extorquir e negociar com traficantes.

O grupo Sendero Luminoso é considerado pelas autoridades peruanas como um aglomerado de terroristas. Criado em 1969, o grupo reúne cerca de 2 mil guerrilheiros que se mantêm em conflito permanente com os militares e policiais do Peru.

Edição: Graça Adjuto