Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O peruano Jorge Mario Pedro Vargas Llosa, de 74 anos, virou referência internacional pelo estilo que emprega em tudo que escreve – romances, ensaios, crônicas e peças de teatro. A crítica constante ao sistema de hierarquia e divisões sociais e raciais presente na América Latina é a principal característica de suas obras. Em 1990, Vargas Llosa disputou no Peru a Presidência da República e perdeu para Alberto Fujimori.
As obras de Llosa também têm características autobiográficas, como os livros A Cidade e os Cachorros, A Casa Verde, Tia Júlia e O Escrevinhador. No romance Casa Verde, ele narra a vida das personagens em um bordel.
Em Conversa na Catedral, que são quatro volumes, Llosa conta as fases da sociedade peruana sob a ditadura – de 1948 a 1956. Segundo ele, é sua obra completa. As obras de llosa foram traduzidas para vários idiomas, inclusive o romeno, húngaro, búlgaro, checo, russo, lituano, grego, turco, árabe, japonês, chinês, coreano e malaio.
Llosa viveu na Bolívia, na Espanha, na Grécia, nos Estados Unidos e ultimamente vive entre a Inglaterra e o Peru. Ele mantém atividades intensas no campo político. É o presidente da comissão que investiga o assassinato de oito jornalistas. Também é contrário à nacionalização dos bancos. Mesmo com nacionalidade espanhola, ele não abriu mão da peruana.
Atualmente, Llosa escreve como colunista para o jornal espanhol El País e a revista mexicana cultural Letras Libres. Ele pertence à Academia Peruana da Língua e à Real Academia Espanhola. Foi professor visitante em várias universidades, como a Queen Mary College, o King's College, a Universidade de Londres, a de Cambridge e a Scottish Arts Council.
Também foi professor das universidades norte-americanas de Columbia, da Flórida, de Harvard, de Princeton e de Georgetown.
Edição: Graça Adjuto