Dilma telefonou para cumprimentar Marina e disse que vai pedir seu apoio no segundo turno

04/10/2010 - 19h54

Luciana Lima e Carolina Pimentel
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse hoje (4) que telefonou para Marina Silva para cumprimentá-la por seu bom desempenho no primeiro turno da eleição. Dilma, no entanto, informou que não chegou a pedir o apoio de Marina. “Liguei para cumprimentá-la pois considero que ela fez uma campanha limpa, jamais tendo uma atitude de baixar o nível", disse a candidata que considerou que o pedido de apoio deve ser feito nos próximos dias. "Em um segundo momento, vamos conversar de fato com ela a respeito disso. A gente espera ser correspondido", disse Dilma.

Hoje, aliados políticos da candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), foram unânimes ao apontar o surpreendente desempenho da candidata do PV, Marina Silva, como um dos fatores que levaram a eleição para o segundo turno. Para a senadora eleita pelo PT de São Paulo, Marta Suplicy, o partido terá que saber ler a mensagem que sai das urnas para poder estruturar a estratégia para ao segundo turno. “Com esse segundo turno, a população disse: Nós queremos conversar mais um pouco com você, Dilma”, avaliou Marta, que acredita que os votos dados a Marina se revertam para a petista.

“Temos que entender que a população não deixou de votar em Dilma para votar no Serra”, disse a senadora eleita, que defendeu a aproximação com o PV. “Marina é uma pessoa do bem”, afirmou, antes de entrar na reunião de petistas e aliados para definir estratégias de campanha. A reunião ocorre hoje (4) em Brasília.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que o “recado das urnas” é uma escolha pela “continuidade” de Dilma e pela “mudança” de Marina. Nesse sentido, o senador que foi reeleito ontem (3), defendeu mudanças programáticas na proposta petista para atrair os eleitores de Marina.

“O governo tem que entender que se quer a continuidade de Dilma e a mudança de Marina. Para isso, Marina tem que ser ouvida e ela só virá se houver concessões programáticas”, avaliou Cristovam, que disse ter conversado com Marina hoje, pela manhã. “Não me senti a vontade para saber se ela vai ficar com Serra ou com Dilma. Não falamos sobre isso. Ela demonstrou estar feliz e com o sentimento de dever cumprido”.

 

 

Edição: Rivadavia Severo