Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro de Inteligência do Irã, Heidar Moslehi, afirmou hoje (2) que foram presos suspeitos de espionagem nuclear no país. Molehi não disse quantos suspeitos foram detidos. As autoridades iranianas alegaram ao longo desta semana que o sistema de informática do programa nuclear foi alvo de um vírus, mas um esforço concentrado impediu a contaminação do sistema.
As informações são da rede estatal de televisão do Irã, a PressTV. “Estamos sempre atentos para suspeitas de atividades destrutivas promovidas por esses serviços [de espionagem]. Prendemos um um número de espiões nucleares que tentavam bloquear de forma destrutiva os movimentos em curso”, disse o ministro.
Em entrevista coletiva, Molehi disse que os suspeitos usavam a internet para difundir o vírus e prejudicar as atividades nucleares desenvolvidas no Irã. Segundo o ministro, o aparato de inteligência do governo iraniano tem um “expertise global” capaz de manter o controle sobre as atividades ligadas à informática, filtrando eventuais invasões que possam causar “danos” ao programa nuclear.
O programa nuclear do Irã é alvo de suspeitas que geraram sanções da comunidade internacional. Desde junho, o Irã está submetido a uma série de restrições de ordem econômica, comercial e militar com o apoio do Conselho de Segurança das Nações Unidas, além de medidas unilaterais adotadas pelos Estados Unidos, pelo Canadá, pela Austrália, pelo Japão, além da União Europeia.
Para a comunidade internacional, o programa nuclear iraniano esconde a produção de armas atômicas. Porém, as autoridades do Irã negam a suspeita, afirmando que o programa tem fins pacíficos. No entanto a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) informa que tem dificuldades de acesso ao Irã por resistências das autoridades às fiscalizações de seus inspetores.
Edição: Aécio Amado