Presidentes latino-americanos se unem em apoio a Correa

30/09/2010 - 18h52

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente do Equador, Rafael Correa, recebeu hoje (30) apoio e solidariedade dos presidentes de países latino-americanos. Em comunicados oficiais e entrevistas, os líderes políticos da região rechaçaram as manifestações ocorridas nesta quinta-feira. Para os presidentes, os protestos, promovidos por policiais nacionais, contra Correa ameaçam a ordem e as instituições democráticas.

Em nota oficial, divulgada pelo Itamaraty, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que acompanha com preocupação e atenção os acontecimentos no Equador. O presidente Lula reafirmou que apoia e presta solidariedade a Correa.

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, condenou as reações dos militares equatorianos. “Rechaço da maneira energética”, disse Lugo. Para o presidente do México, Felipe Calderón, Correa conseguirá negociar um acordo encerrando o clima de tensão no país. Calderón disse apoiar o governo Correa, mas está preocupado com os acontecimentos.

“Rechaçamos qualquer ato de ruptura institucional, qualquer ato de insurgência contra o poder eleito e o povo”, afirmou o presidente do Peru, Alan García. Amigo pessoal de Correa, o presidente da Bolívia, Evo Morales, chamou os episódios ocorridos hoje no Equador de “conspiração política ocorrida na República irmã do Equador" e ratifica seu respaldo ao processo democrático.

Depois de conversar por telefone com Correa, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, reiterou o apoio a Correa e disse que acredita que a ordem será restabelecida em breve no Equador.

Para o presidente do Chile, Sebastián Piñera, o ideal é convocar uma reunião extraordinária da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) para discutir o assunto. Piñera afirmou estar à disposição de Correa no que for necessário e ratificou o apoio ao equatoriano e “ à ordem constitucional e à democracia no Equador”.

Um dos presidentes mais próximos a Correa, o venezuelano Hugo Chávez acusou os manifestantes de tentarem promover um golpe de Estado. Mas em conversa, por telefone, com o presidente Lula, Chávez disse que a situação estava sob controle.

 

 

Edição: Rivadavia Severo