Da Agência Brasil
Brasília – O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê para amanhã (14) umidade relativa do ar abaixo de 30% no Distrito Federal e em mais onze estados do país. Na semana passada, o instituto enviou alerta, com previsão para o fim de semana e para hoje, aos seguintes estados: Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Maranhão, Bahia, Ceará, Piauí, Pará, São Paulo e Minas Gerais, além do Distrito Federal. Em algumas áreas, devem ser registrados índices inferiores a 20%.
A Região Sul e as áreas norte da Região Norte e litoral do Nordeste são as únicas com expectativa de chuva para hoje. De acordo com o meteorologista Hamilton Carvalho, uma zona de convergência intertropical vai afetar a parte norte do país, enquanto frentes frias devem chegar ao sul.
Na área central do país, a previsão de chuvas é incerta, devido à massa de ar quente e seco que permanece na área, provocando baixa umidade e temperaturas altas. A situação deve ser amenizada no final de setembro. “Essa semana não vai chover no Centro-Oeste de uma maneira geral, com exceção de algumas áreas isoladas, como por exemplo em Goiás, onde até já choveu esse mês”, diz Carvalho. O meteorologista afirma ainda que a ocorrência de chuvas depende da influência de frentes frias vindas do sul ou de áreas de nebulosidade no norte. “Pode ser que nem chova esse mês”, completa.
As altas temperaturas e a baixa umidade, combinadas à ação criminosa do homem, ampliaram a ocorrência de incêndios que, este ano, atingiram 600 mil hectares de áreas federais e estaduais, entre parques ecológicos e áreas indígenas. O coordenador do Programa Nacional de Redução e Substituição do Fogo nas Áreas Rurais e Florestais (Pronafogo), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Wanius de Amorim, afirmou que 90% dos casos foram registrados a partir de agosto, período em que o tempo ficou mais seco em grande parte do país. “Quando está úmido é mais difícil provocar as queimadas, mas o problema não é só o clima, é também o fato de as pessoas provocarem os incêndios, o que é proibido”, acrescenta.
Esta manhã, o Climatempo registrou 11% de umidade relativa do ar nos aeroportos de Presidente Prudente (SP) e de Campo Grande (MS). Em Goiânia e Brasília, o indicador chegou a 15%.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como estado de alerta variações entre 20% e 12% na umidade relativa do ar. É considerado alerta máximo quando a umidade do ar atinge níveis abaixo de 12%. A baixa umidade do ar (na faixa dos 20%) causa problemas respiratórios, secura na garganta, no nariz, olhos e pele.
Edição: Lílian Beraldo