Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os moradores do município de Chaval (CE), a quase 400 quilômetros de Fortaleza, estão sendo vacinados contra a raiva humana. A medida foi adotada depois que a Secretaria de Saúde do Ceará confirmou que um morador da cidade, de 26 anos, contraiu a doença depois de ser mordido por uma cadela. Ele está em tratamento médico, mas o quadro clínico é grave.
A secretaria estima vacinar cerca de 200 pessoas, entre elas parentes, vizinhos, amigos e quem foi mordido, lambido ou sofreu arranhões de cães, gatos, saguis (mico) ou morcegos – principais transmissores da raiva.
O rapaz contaminado foi mordido pela cadela em maio, mas só procurou o atendimento médico no início deste mês. O animal morreu nove dias depois de agredir o dono e apresentava um quadro de excesso de saliva e agitação – sintomas da raiva. Há suspeita que o bicho de estimação tenha sido infectado por um sagui ou um morcego.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o homem foi internado com febre, agitação, excesso de saliva, dificuldade de engolir, alucinações e aerofobia (medo de ficar ao ar livre). Ele está sendo submetido a tratamento com sedação profunda e antivirais no Hospital São José, unidade de referência no Ceará.
O caso de raiva humana é o segundo registrado no Brasil este ano. O primeiro foi um homem mordido por um morcego, no Rio Grande do Norte, que morreu.
Em caso de agressão por cães e gatos, os animais devem ser isolados por dez dias para observação do surgimento de sintomas da doença. Se o animal morrer, os técnicos da zoonoses e os veterinários devem ser informados. Ao ser agredida por um animal, a pessoa deve lavar o ferimento com água e sabão e procurar o serviço de saúde imediatamente para receber tratamento (vacina e soro).
O Ministério da Saúde recomenda a vacinação de cães e gatos contra raiva como a forma mais eficaz de evitar a transmissão da doença ao ser humano.
Edição: Aécio Amado