Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O deputado federal Neudo Campos (PP-RR), que renunciou ao cargo na última sexta-feira (27) e é líder nas pesquisas de intenção de voto para o governo de Roraima, continuará a ser alvo de diligências agendadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na ação penal, uma das oito que ele respondia na corte, o político é acusado pelo Ministério Público de crime contra a administração pública (peculato) e formação de quadrilha.
O STF havia agendado audiências com 51 testemunhas nesta semana para dar seguimento à ação penal. Elas seriam ouvidas por um juiz instrutor enviado pela corte. Com a renúncia, as ações envolvendo Neudo Campos que estavam no Supremo passaram automaticamente para a primeira instância da Justiça Federal. Por isso, a defesa do político pediu que os depoimentos das testemunhas fossem remarcadas
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Entretanto, o relator da ação, ministro Gilmar Mendes, determinou que as audiências fossem mantidas. “As partes e as testemunhas já foram devidamente intimadas e não se revela razoável o adiamento do ato processual conforme requerido”, afirmou Mendes.
O ministro entendeu que o fato de as audiências serem conduzias pelo juiz federal de primeiro grau, e não mais pelo juiz instrutor enviado pelo STF, não traz qualquer prejuízo nem à defesa nem à acusação.
Edição: João Carlos Rodrigues