Da Agência Brasil
Brasília – Soterrados há 25 dias a 700 metros de profundidade, os 33 trabalhadores de uma mina de ouro e cobre no Chile sofrem de desnutrição aguda e desidratação. Há informações de que muitos já perderam mais de 10 quilos. Para evitar que os problemas de saúde sejam agravados, autoridades chilenas decidiram enviar, por meio de sondas que ligam a superfície ao interior da mina, 3 litros de água e 1,3 mil calorias em alimentos.
As informações são da agência oficial de notícias da Argentina, a Telam. Os especialistas advertem que a umidade do ambiente fechado, no qual os mineiros estão, aumenta o risco de problemas de pele e infecções por fungos. Paralelamente está sendo feito um acompanhamento psicológico das vítimas e parentes que acompanham a operação de resgate. A comunicação entre eles é monitorada por peritos na tentativa de assegurar o equilíbrio emocional.
Mesmo fragilizados, os mineiros terão de ajudar no próprio resgate. Responsável pela parte técnica das operações, o engenheiro Andrés Sougarret disse que os trabalhadores terão de remover toneladas de pedras que caem a partir do buraco que foi aberto no local onde estão abrigados. O prazo para o resgate foi mantido em quatro meses.
Preocupado com o estado de saúde dos trabalhadores, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, substituiu os responsáveis pela elaboração dos relatórios. Antes a função era do Ministério das Minas, agora será do da Saúde. Piñera também determinou que uma comissão prepare propostas para melhorar o setor de mineração, visando mais segurança e controle.
“O Estado deveria fiscalizar o empresário. Mas nesta região do Atacama [Norte do Chile] onde estão mais de mil mineiros há apenas dois fiscais que sequer têm como auditar, pois não dispõem de infraestrutura adequada, como caminhões com tração nas quatro rodas”, afirmou o deputado Lautaro Carmona, do Partido Comunista.
Edição: Vinicius Doria