Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Há 11 dias, o governo do presidente do Chile, Sebastián Piñera, tenta resgatar 33 trabalhadores soterrados em uma mina de cobre na região de San José. Hoje (16), mais uma vez, as ações foram interrompidas, por causa do risco de deslizamentos de terra, o que já havia provocado outras interrupções. Os técnicos tentam garantir ventilação e oxigênio aos trabalhadores.
O ministro de Mineração do Chile, Laurence Golborne, disse que a operação de resgate vai levar mais alguns dias. Mas ele não estimou quanto tempo ainda demorará o trabalho. Segundo ele, as famílias das vítimas acompanham as atividades e receberam a notícia com "profunda preocupação". As informações são da agência oficial de notícias da Argentina, Telam, e também da Presidência da República do Chile.
O acidente ocorreu no último dia 5. As causas que provocaram o desabamento de terra ainda estão sendo investigadas. Os 33 mineiros se encontram a cerca de 700 metros de profundidade. Equipes de psicólogos e terapeutas voluntários estão de plantão acompanhando os parentes dos trabalhadores, que permanecem presos sob os escombros.
O presidente Piñera foi várias vezes ao local do acidente. Piñera enviou hoje uma mensagem de alento às famílias. Segundo ele, é necessário manter a esperança de encontrar os trabalhadores com vida. O presidente lembrou ainda que o governo chileno tem recebido apoio de países vizinhos de forma solidária e gratuita, mas não citou quais países ofereceram ajuda.
Com o fracasso das operações de resgate até o momento e as críticas de falta de segurança para os mineiros, Piñera decidiu reestruturar o setor de mineração do país, substituindo os principais assessores do setor, no último dia 11.
Edição: Lana Cristina