Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em meio à crise com a Colômbia, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que enviou uma mensagem de amor e solidariedade ao presidente eleito, Juan Manuel Santos, que será empossado no final da tarde de hoje (7). O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Nicolás Maduro, disse que a intenção de Chávez é dar uma “mensagem de esperança e futuro” para o povo colombiano.
As informações são da imprensa oficial da Venezuela, a Agência Venezuelana de Notícia (AVN). "Queremos dar em nome do presidente [Hugo] Chávez uma mensagem de amor e solidariedade a todo o povo da Colômbia. Uma mensagem de esperança e de futuro", disse o chanceler venezuelano. Ao chegar a Bogotá, Maduro felicitou o povo da Colômbia e o novo presidente. Segundo ele, a Venezuela quer "estender a mão da amizade e de fraternidade."
Representando Chávez na posse de Santos, Maduro disse que a Venezuela está otimista com sua gestão. "Esperamos que algo de bom [ocorra a partir da posse de Santos]. Vamos ver". Porém, a visita do chanceler ocorre no exato momento em que Álvaro Uribe, no seu último dia de mandato, envia uma queixa contra o presidente Chávez ao Tribunal Penal Internacional (TPI) e uma ação judicial contra a Venezuela à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
A crise entre a Venezuela e a Colômbia foi deflagrada no último dia 22, depois que o embaixador colombiano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Alfonso Hoyos, apresentou denúncia à entidade de que a Venezuela abrigaria guerrilheiros colombianos. Em sessão da OEA, o diplomata afirmou que há 1,5 mil guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército da Libertação Nacional (ELN) em território venezuelano.
Após a denúncia, Chávez anunciou o rompimento de relações com a Colômbia. Desde então, foi intensificada a segurança na área de fronteira e há um clima de tensão no ar. No mês passado, presidentes sul-americanos se uniram na tentativa de buscar um acordo para o fim do impasse. As tentativas se deram no âmbito da União das Nações da América do Sul (Unasul) e do Mercosul. O presidente venezuelano negou as acusações.
Edição: Lana Cristina