Indústria automobilística atinge o melhor nível de emprego dos últimos 19 anos

05/08/2010 - 17h49

Marli Moreira

Repórter da Agência Brasil

 

São Paulo - Pelo décimo terceiro mês consecutivo as montadoras mantiveram em alta o ritmo de contratações de trabalhadores. Em julho, ocorreu um crescimento de 0,9% em relação ao mês anterior, aumentando a base de empregos para 132.165 vagas. Na comparação com julho do ano passado, o crescimento foi de 10,5%.

”É o melhor nível dos últimos 19 anos”, disse o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores [Anfavea], Cledorvino Belini. A comparação foi feita com julho de 1990, quando o setor empregava 138.374 pessoas. Mas o grande destaque da base de trabalhadores atual é a sinalização de que foram recuperados os quase 10 mil postos fechados entre 2008 e 2009 em função dos efeitos da crise financeira internacional, período em que houve redução nas encomendas externas.

Belini, no entanto, prevê estabilidade no emprego daqui para a frente. Segundo ele, as indústrias já absorveram pessoal suficiente para a meta de um aumento na produção, em 6,5% sobre 2009, quando foram produzidos 3,3 milhões de veículos. Em julho, a produção superou em 18,3% a de igual mês do ano passado com 315. 879. Sobre o mês anterior, esse volume cresceu em 3,2% e no acumulado do ano, 12%.

O bom desempenho é resultado de um mercado aquecido tanto em vendas dentro do país quanto no exterior. No mercado doméstico, o número de veículos licenciados foi o maior já registrado para um mês de julho, 302.332 unidades, volume 15,1% superior ao do mês anterior e 5,9% acima do de julho do ano passado. Os meses de janeiro a julho acumulam um resultado 8,5% maior do que no mesmo período de 2009.

As exportações cresceram 85,4% sobre julho do ano passado com U$ 1,153 bilhão. Sobre junho, as vendas externas aumentaram 9,3% e, no acumulado do ano, 65,9%. Embora comemore resultado, Belini afirmou que o avanço ocorreu sobre um fraco desempenho de julho de 2009, quando as exportações tinham atingido um nível modesto, U$ 622 milhões. No período anterior à crise financeira internacional, em julho de 2008, o volume foi U$ 1,240 bilhão.

 

 

Edição: Aécio Amado