Consumo de aço per capita no país está estagnado, segundo instituto

28/07/2010 - 18h16

Alana Gandra

Repórter da Agência Brasil

 

Rio de Janeiro - O consumo de aço per capita no Brasil está estagnado há vários anos, revela o Instituto Aço Brasil (IABr). Em 1980, o consumo de aço no país atingia 100,6 quilos por pessoa ao ano, caindo para 92,6 quilos/per capita/ano em 2000. No ano passado, o consumo ficou em 97 quilos por habitante, devendo alcançar em 2010 um total de 129,3 quilos por pessoa.

 

O número está bem abaixo de países concorrentes do Brasil, como a China, onde o consumo per capita evoluiu de 34,1 quilos, em 1980, para 405,2 quilos por pessoa no ano passado.

 

Em relação ao consumo aparente, que representa a produção nacional de aço mais as importações e menos as exportações, os números divulgados pelo IABr revelam incremento de 25,3% no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo semestre de 2009, somando cerca de 13,3 milhões de toneladas. Para 2010, o IABr estima que o consumo aparente baterá o recorde de 25 milhões de toneladas, mostrando alta de 34,5% em relação ao ano anterior.

 

O presidente do Conselho Diretor da entidade, André Johannpeter, enumerou entre os principais desafios do setor siderúrgico brasileiro o aumento do consumo de aço no país. A prioridade do setor continua sendo o abastecimento do mercado interno, mas também ter uma posição forte no mercado internacional.

 

Para isso, acrescentou Johannpeter, é preciso crescer o mercado doméstico a partir de investimentos públicos e privados, além de ter regras estáveis, segurança jurídica e isonomia competitiva na importação e na exportação.

 

Para 2016, o instituto prevê que a produção nacional de aço bruto poderá atingir 77 milhões de toneladas, com investimentos globais de US$ 40 bilhões, envolvendo o parque já instalado no país, as novas usinas, como a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), e usinas em estudo. “Isso está vinculado a regras estáveis”, afirmou Johannpeter.

 

 

 

 

Edição: João Carlos Rodrigues