Da Agência Brasil
Brasília – O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, negou hoje (26) que tenha um plano de ataque militar contra a Venezuela. A suspeita foi levantada pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, e rebatida pela porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Virginia Staab. Segundo o venezuelano, as intenções de ataque estão implícitas nas acusações do governo da Colômbia sobre a existência de guerrilheiros na Venezuela.
As informações são da agência oficial de notícias da Argentina, a Telam. “Como vimos no passado, os Estados Unidos não têm a intenção de desencadear uma ação militar contra a Venezuela”, disse a porta-voz. “[Os Estados Unidos e a Venezuela] têm uma relação mutuamente benéfica”, afirmou Staab, evitando polemizar, e lembrando que o mercado norte-americano é o principal importador de petróleo da Venezuela.
A reação dos Estados Unidos ocorre em meio à crise entre a Venezuela e a Colômbia que se agravou no último dia 22, depois que Chávez anunciou o rompimento das relações com o país vizinho. O venezuelano tomou a decisão momentos após a participação do embaixador da Colômbia na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Alfonso Hoyos.
Durante sessão extraordinária da OEA, Hoyos mostrou fotografias, vídeos e testemunhos na tentativa de comprovar a existência de 87 acampamentos e 1,5 mil guerrilheiros em território venezuelano. A iniciativa provocou a indignação do governo da Venezuela.
A acusação da Colômbia fez Chávez anunciar a ruptura de relações diplomáticas. A partir daí houve manifestações dos países latino-americanos apelando para um acordo entre colombianos e venezuelanos.
A disposição de negociar a mediação do conflito para o âmbito da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) deixa de lado os Estados Unidos – que também integra a OEA e é o principal aliado da Colômbia no continente. O que reforça, segundo especialistas, a unidade regional da América do Sul.
Edição: Rivadavia Severo