Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O patrimonialismo de governo é um dos problemas citados pelo candidato à Presidência da República pela coligação O Brasil Pode Mais, formada pelo PSDB, DEM, PPS, PTB e PT do B, José Serra, que deve ser combatido no país. Para o candidato, é fundamental mudar uma série de conceitos consolidados no Brasil para gerar o desenvolvimento desejado. “No Brasil tem uma doença que é o patrimonialismo. Que é o uso do Estado para benefício próprio”, disse.
De acordo com Serra, é necessário mudar este comportamento para permitir os avanços e a execução dos projetos em curso. “É um comportamento do governo. Eu governei São Paulo com maioria e ninguém nomeou [para cargos em setores públicos]. Isso significa não ter gente competente? Não. [É respeitar quem é o presidente ou diretor de cada órgão]”, disse.
Para ele, uma das alternativas para impedir o uso político de estruturas governamentais é a adoção imediata de algumas propostas contidas na reforma política em discussão no Congresso Nacional. “Eu acho que [a relação Estado-governo] deixa muito a desejar. A questão é da instituição, o Brasil tem um sistema eleitoral inteiramente obsoleto e malfeito principalmente o que se refere às eleições legislativas”, afirmou.
O candidato do PSDB foi o entrevistado do Programa 3 a 1 , da TV Brasil, que vai ao ar hoje (22) às 22h. Participaram da entrevista os jornalistas Tereza Cruvinel, diretora-presidente da EBC; João Bosco Rabello, diretor da Sucursal em Brasília de O Estado de S. Paulo , e Luiz Carlos Azedo, colunista do Correio Braziliense.
José Serra também falou sobre a sua candidatura, destacando que disputa pela segunda vez o cargo de presidente, porque acredita que está preparado para a função. Serra afirmou que o país pode avançar em vários setores e que quer trabalhar para isso. “[Sou candidato] porque creio que estou estou preparado. Porque creio que o Brasil pode mais em várias áreas como saúde, educação e segurança. Pode mais em áreas como infraestrutura. Diante de muitas manifestações de pessoas e do partido, eu acreditei que poderia oferecer com legitimidade meu nome”, afirmou Serra, no programa da TV Brasil.
Desde ontem (21) a TV Brasil promove uma rodada de entrevistas com os três principais candidatos à Presidência da República. As entrevistas dos candidatos Dilma Rousseff, do PT, Serra e Marina Silva, do Partido Verde (PV), ocorrem em dias alternados. A definição da ordem das entrevista foi feita por meio de sorteio. Amanhã (23) será a vez de Marina Silva. Ontem (21) foi ao ar a entrevista da candidata do PT.
Edição: Aécio Amado