OEA discutirá conflito entre a Colômbia e a Venezuela

19/07/2010 - 16h56

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A três semanas e meia de deixar o governo, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, enfrenta um embate com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Depois de denunciar que há líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército da Libertação Nacional (ELN) em terras venezuelanas, Chávez reagiu e o assunto será tema de debate no conselho permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), quinta-feira (22).

Na semana passada, as tensões entre os dois países aumentaram quando a Presidência da República da Colômbia divulgou um comunicado informando que havia “evidências” sobre as presenças de líderes das guerrilhas em território da Venezuela.

Pelo comunicado, Ivan Márquez, Rodrigo Granda, Ricardo Timoleon Jimenez, Germain Briceño e Carlos Marín Guarín, estão em território venezuelano. O comunicado informou ainda que há suspeitas de que outros integrantes das Farc e do Exército da Libertação Nacional (ELN) também estejam na Venezuela.

Chávez reagiu às informações do governo da Colômbia, interpretando que havia insinuações de que ele esconderia os guerrilheiros. Pediu explicações ao embaixador da Venezuela na Colômbia e anunciou que não aceitará as acusações de Uribe.

Em março de 2008, foi deflagrada uma crise diplomática entre o Equador, a Colômbia e a Venezuela. Chávez apoiou o presidente do Equador, Rafael Correa, em um conflito com Uribe também por causa do combate à ação das Farc. O estopim foi um conflito armado em território equatoriano.

No ataque foi morto um dos líderes das Farc, Raúl Reyes. Ele era apontado como o segundo na escala de comando do grupo. Na ocasião, foram confirmadas pelo governo colombiano as mortes de mais 16 homens.

O caso motivou o rompimento das relações dos governos da Venezuela e do Equador com a Colômbia. A iniciativa ocorreu após o governo Uribe denunciar que suspeitava de que as Farc e os governos de Equador e Venezuela manteriam um acordo envolvendo apoio e fornecimento de armas.
 

 

Edição: Rivadavia Severo