Da Agência Brasil
Brasília – O Brasil quer aumentar a cooperação com outros países latino-americanos na área social. Essa foi uma das principais discussões de uma oficina de trabalho que começou hoje (15) e prossegue até amanhã (16). A iniciativa é do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em parceria com a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC).
De acordo com o secretário executivo do ministério, Rômulo Paes, a integração entre os países do Sul é uma necessidade por questões econômicas e sociais. “Um pouco porque esses países estão passando por novos contextos econômicos e sociais.”
Já o diretor da ABC, Marco Farani, avaliou que o Brasil progrediu nas políticas sociais e na colaboração com outras nações nos últimos anos. “Talvez o Brasil seja, hoje, o país mais avançado na prática da cooperação bilateral”, disse.
A coordenadora da Unidade de Aprendizado Sul-Sul do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), Melissa Andrade, defendeu a discussão de modelos de políticas para cada país. “Quando falamos em cooperação Sul-Sul, pensamos muito em tecnologia e não questionamos os modelos, os princípios”, observou.
Para ela, ainda é preciso reforçar a mobilização dos países emergentes em se unir, a exemplo do que ocorre com blocos econômicos como o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) e o Ibas (Índia, Brasil e África do Sul). Melissa disse que os emergentes têm que pensar em políticas sociais globais e não apenas as que envolvem as nações do Sul com as do Norte. “Senão, vamos apenas trocar um conjunto de países dominadores por outro.”
Edição: Lana Cristina