Dilma defende desoneração dos investimentos para que o país cresça mais

08/07/2010 - 16h19

 

Daniel Mello

Repórter da Agência Brasil

 

Bauru (SP)- A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, voltou a defender hoje (8) uma série de mudanças na estrutura tributária do país, principalmente a desoneração dos investimentos. “Qualquer tributação sobre investimentos é incorreta, porque o país precisa investir, gerar empregos. E se fizer uma desoneração de investimento o resultado é ampliar a base de investimento. No fim você não perde, ganha dinheiro”, disse a candidata antes de almoçar, em Bauru, com prefeitos e líderes políticos do interior de São Paulo.

 

Dilma Rousseff também falou sobre a importância de se rever as taxas que incidem sobre o emprego com carteira assinada como forma de possibilitar a criação de mais vagas de trabalho, mas ressaltou que isso deve ser feito com cuidado para não comprometer o financiamento da Previdência Social. “O importante é a desoneração da folha de pagamento. Porque com isso você incentiva a contratação de empregos, o que é importante em um país que precisa incorporar a população jovem ao mercado de trabalho”, disse. “É óbvio que você não vai desonerar toda a folha porque se não quebra a Previdência”, completou.

 

Sobre a competição que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) cria entre os estados, a candidata petista entende que é necessário acabar com as diferentes alíquotas que “criam uma concorrência perversa” entre os produtos importados, que entram por regiões com imposto menor, contra a produção nacional em outros estados com imposto mais elevado.

 

Para Dilma Rousseff, as mudanças no sistema tributário, no entanto, precisam considerar o assunto de maneira global, porque os municípios, os estados e a União têm a arrecadação baseada em fontes diferentes. “Não se pode reduzir os impostos e não olhar o efeito que isso produz sobre os municípios e os estados”.

 

 

Edição: Aécio Amado