Ahmadinejad reitera que sanções não afetarão Irã

05/07/2010 - 10h57

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Há quase um mês sob sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou hoje (5) que as restrições visam a proteger as potências econômicas ocidentais e não a punir os iranianos. Segundo Ahmadinejad, não há necessidade de uma mobilização nacional para impedir os efeitos das medidas porque elas não afetarão o país.

As informações são da rede de televisão estatal do Irã, a PressTV.  “A recente rodada de sanções do Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas] não vai ferir o Irã”, disse o presidente, em visita ao Azerbaijão. “Tais movimentos são destinados a proteger o Ocidente e a defender a existência das potências ocidentais".”

Ahmadinejad criticou a posição assumida pelo que chama de grandes potências ocidentais, numa referência aos países que ocupam assentos permanentes no Conselho de Segurança – os Estados Unidos, a França e Alemanha, além da Rússia e China. “Saquearam minas e recursos dos países [as grandes potências ocidentais] e agora querem humilhar as nações”, disse.

O presidente do Irã afirmou que o país vai se empenhar para progredir e avançar economicamente. Em tom entusiasmado, ele pediu o apoio da população. “Hoje a nação iraniana está vigilante. Essa percepção provocou um movimento [de reação] em todo o Irã”, disse. “Um futuro brilhante e glorioso está à frente da nação iraniana”, acrescentou.

No último dia 9, o Conselho de Segurança aprovou uma série de sanções ao Irã. Dos 15 integrantes do órgão, 12 apoiaram as medidas. O Brasil e a Turquia votaram contra. O Líbano se absteve nas votações. Dias depois, os Estados Unidos, a União Europeia e o Canadá também aprovaram restrições ao Irã.

As medidas restritivas atingem principalmente as áreas de comércio, militar e de operações bancárias iranianas. As embarcações com bandeiras do Irã passaram a ser severamente fiscalizadas e impedidas de entrar nos países que apoiaram as sanções.

Edição: Graça Adjuto