Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse hoje (30), após o Supremo Tribunal Federal (STF) negar o pedido de intervenção no Distrito Federal (DF), que o Ministério Público irá se concentrar em outras ferramentas para combater a corrupção que ainda existe na capital federal. “Iremos atuar no campo penal e no de improbidade administrativa para responsabilizar de forma mais ampla possível os envolvidos”.
Para Gurgel, a derrota de hoje não significa um enfraquecimento no combate à corrupção e que o Supremo não decidiu de forma política. “Foi uma decisão técnica”, limitou-se a dizer. “Continuamos a ter na estrutura do DF um esquema de corrupção montado que é preciso desarticular e o Ministério Público trabalhará para fazê-lo”, afirmou, referindo-se a um “verdadeiro saque aos cofres públicos”.
Perguntado sobre o motivo da demora no ingresso das ações penais resultantes da Operação Caixa de Pandora – argumento usado por Marco Aurélio de Mello para negar a intervenção – Gurgel disse que isso se deve à grande quantidade de material apreendido nas operações da Polícia Federal e que ainda passam por perícia.
Gurgel ainda afirmou que o Legislativo e o Executivo locais não teriam tomado providências com o objetivo de normalizar a situação política na capital federal se o Ministério Público não tivesse pedido a intervenção. “Nossa ação despertou as autoridades da letargia em que se encontravam”.
Edição: Rivadavia Severo