Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governo do presidente de Cuba, Raúl Castro, negocia a ampliação do diálogo com a Igreja Católica. No fim de semana, o secretário para as Relações com os Estados da Santa Sé, Joseph François Dominique Mamberti, e Castro afirmaram que há a busca pela consolidação do processo de diálogo com a Igreja.
A reação ocorreu durante a visita de cinco dias do representante da Igreja ao país. As informações são do jornal oficial de Cuba, Granma.
“Há um nível positivo e de desenvolvimento das relações entre o Estado e a Igreja Católica em Cuba”, informou um comunicado oficial do governo cubano, divulgado depois de reunião entre Castro e Mamberti, além de outras autoridades. Durante a reunião houve ainda referências de que o estabelecimento das relações diplomáticas entre o Vaticano e Cuba caminham de forma “cordial, respeitosa, contínua e crescente”, segundo o Granma.
De acordo com a agência oficial de notícias da Argentina, a Telam, a oposição espera que a visita do representante do Vaticano ajude na libertação de presos políticos em Cuba. O bispo auxiliar de Havana, Juan de Dios, pediu “paciência” até obter os resultados. Segundo ele, as negociações “não vão parar”.
No dia 19 de maio, foi aberto o processo de diálogo entre o governo de Cuba e a Igreja. Na ocasião, houve uma reunião entre o arcebispo de Havana, cardeal Jaime Ortega, e Castro. Depois da reunião foi libertado o prisioneiro político Ariel Sigler – que sofre de paralisia nos membros inferiores - e transferidos 12 detentos para prisões próximas às casas dos parentes deles.
Edição: Graça Adjuto